#194 Um poema do “meu” Hermann Hesse

 
Quanto mais envelhecia,
quanto mais insípidas me
pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava,
tanto mais claramente
compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida.
Aprendi que ser amado
não é nada, enquanto amar é tudo (…).
O dinheiro não era nada, o poder não era nada.

Vi tanta gente que tinha
dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.
A beleza não era nada.

Vi homens e mulheres
belos, infelizes, apesar de sua beleza.
Também a saúde não contava tanto assim.

Cada um tem a saúde que
sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam
angustiados pelo medo de sofrer.

A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar.

Feliz é quem pode amar
muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.