“Eras” TU
…Se é que ainda serás.
Tempus fugit
Na caruma das folhas, encontro o toque da neblina que tenho por companhia nas noites mais frias.
Pode parecer estranho, mas o timbre que doravante escuto, é o da tua doce memória. As histórias não vividas, circunscrevem agora o meu tempo e delimitam de alguma forma o meu caminho.
Os anos passaram e operou em mim uma estranha textura que ora me cobre, ora me desnuda.
Não sei se pare, se chore, se ande. Se me comova, se me ria ou se simplesmente escreva, tendo-te por fiel depositária dos meus sentires que sempre foste, minha querida folha de papel… unida à tua sempre devota: caneta.
Nessa dança eterna, intensa, mágica até! eternizo mais um tempo que doravante me correrá nas veias e de mim de novo fará, o que de mim alguém esquecerá.
Essência versus impermanência.
Equanimidade, versus a n s i e d a d e.
Bem-vinda de novo, minha querida e terna que desde sempre me acompanhas:
S O L I D Ã O