Toco desde sempre. Curiosamente, é das poucas coisas que nunca deixei de fazer.
É como respirar! Todos os dias da minha vida.
Se não houver oportunidade de o fazer num instrumento orgânico, toco por segundos no tablier do carro em que conduzo, na porta por onde passei, na janela que abri, em mim próprio.
Trauteio melodias e ritmos que não sei de onde vêm, nem de que tempo são. Quem sabe: vindos de outra era, ou de uma outra existência.
Sei tão somente que me são familiares. São quentes, correm-me nas veias e fazem parte de mim.
Também por isso,
nunca estou sozinho.
Um conselho? Toquem, pintem, escrevam, esculpam, dancem, fotografem, filmem, representem no teatro… enfim, dediquem parte do vosso tempo a uma arte, seja qual for!
Ainda que não seja para mostrarem de forma profissional o resultado a ninguém, façam-no! Pelo menos para se conhecerem melhor a vós mesmos.
Acreditem: resulta.