#62 Oferecer-te o pôr do sol

Um dia quis oferecer-te o nascer do sol. Era por ventura pequeno, tímido e apertado, para TI…
 
Mas parecia tão belo e tão imenso… sem nunca conseguir ser tão intenso, quanto tanto em meu coração vi.
 
Na verdade, não estava o sol a apresentar-se pequeno. 
 
Era eu ainda na infância, a nascer sem ser adulto… afinal, ainda criança.
 
No entanto o sol raiou impávido e sereno… galgou as nuvens… preenchido e pleno. 
 
Em bicos de pés, tentei alcançá-lo… mas se pequeno era para TI: todavia grande se agigantava, para mim!
 
Esperei pelo fim do dia, talvez quando baixasse… de cócoras me baixei, sem que no entanto o apanhasse.
 
Nem o “nascer” lhe apanhei, nem a “pôr-se” o cativei.
 
 
Resta-me quem sabe, tentar um novo amanhã.