#166 O que é o amor?

 
Raramente concordei tanto com um pensamento como com este que aqui divulgo da Jetsunma Tenzin Palmo, sobre “como o romantismo nos faz confundir amor genuíno com apego” — e como isso causa sofrimento nas relações.
 
Caso não vos apeteça ir ao youtube e ver este curto video neste endereço: http://www.youtube.com/watch?v=gjV5zaGd0gA junto transcrevo o mesmo:
 
”O problema, é que nós sempre confundimos a ideia de amor com apego. 
 
Sabe, nós imaginamos que o apego que temos nas nossas relações demonstram que amamos, quando na verdade, é só apego que nos causa dor. Porque quanto mais nos agarramos, mais temos medo de perder. 
 
E então, se nós, de facto, perdermos… vamos sofrer. 
 
O que eu quero dizer, é que o amor genuíno é… Bem, o apego diz: ”Eu amo-te, por isso eu quero que você me faça feliz!” 
 
E o amor genuíno diz: ”Eu te amo, por isso quero que você seja feliz. Se isso me incluir, óptimo! Se não me incluir, eu só quero a sua felicidade.” 
 
É portanto um sentimento bem diferente. Sabe, o apego é como segurar com bastante força. Mas o amor genuíno, é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam. 
 
Não é ficar preso com força. 
 
Quanto mais agarramos o outro com força, mais nós sofremos. Porém é muito difícil para as pessoas entenderem isso, porque eles pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demonstra que elas se importam com o outro. 
 
Mas não é isso. Elas realmente estão apenas tentando prender algo porque elas tem medo de que se não for assim, elas é que acabarão se ferindo. 
 
Qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que poderemos ser preenchidos pelo outro será certamente muito complicado. 
 
Quero dizer que, idealmente, as pessoas deveriam unir-se já se sentindo preenchidas por si mesmas e ficarem juntas apenas para apreciar isso no outro, em vez de esperar que o outro supra essa sensação de bem estar que elas não têm sozinhas. 
 
E isso gera muitos problemas… E isso, junto com toda a projecção que vem do romance, em que projectamos as nossas idéias, ideais, desejos, e fantasias românticas sobre o outro, algo que ele nunca será capaz de corresponder… 
 
Assim que começamos a conhecê-lo, reconhecemos que o outro não é o príncipe encantado ou a Cinderela. É apenas uma pessoa comum, também lutando. 
 
E a menos que sejamos capazes de observar essas características, de enxergá-las, de gostar delas, e de sentir desejo por elas e também ter bondade amorosa e compaixão: será um relacionamento muito difícil.”
 
 
 
(Jetsunma Tenzin Palmo)
 
 
 
E digo eu: SIMPLESMENTE BRILHANTE!
नमस्ते